segunda-feira, 30 de julho de 2012

Seja crente com moderação

Deus é amor (1° João 4:8), os ensinamentos de Jesus se baseiam no amor, tanto é tudo se resume em um único mandamento: amor ao próximo(Gálatas 5:14). Mas tem cristão dando a entender que Deus não é tanto amor quanto dizem por aí, e eu lamento a informar que “aqueles que não amam não conhecem a Deus” (1° João 4:8).

A Palavra de Deus, a perfeita guia da nossa fé, nos diz que “Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.” (2° Timóteo 1:7).

Poder, amor e moderação... Muitos pedem poder, alguns pedem amor, mas são poucos os que pedem moderação.

As igrejas mercantes da fé usam a prosperidade para atrair “fiéis”, para eles fazer o cristão prosperar é demonstração da manifestação do poder de Deus na vida das pessoas, outras igrejas são especializadas em curar enfermos, e para eles a cura dos doentes é a demonstração do poder de Deus sobre o bem e o mal, há denominações que caem no espírito (isso mesmo escrevi com “e” minúsculo, as vezes, isso não tem nada de santo) os crentes profetizam, rodopiam e falam em línguas estranhas, e para eles isto é manifestação do poder de Deus, inclusive, igrejas em que não há esses tipos de manifestações são tidas como “frias”, há igrejas especializadas em expulsar espíritos malignos de pessoas que reviram os olhos e estrebucham e para eles expulsar espíritos é a manifestação do poder de Deus, e ministros que não expulsam demônios tem sua autoridade questionada.

É verdade que Deus abençoa aos servos bons e fiéis (Mateus 25:21 e 23), cura os enfermos (Mateus 4:23, 8:3), derrama sobre a igreja o teu Espírito Santo (Atos 2:4) e também expulsa espíritos (Lucas  4:41), Jesus mesmo operou maravilhas como estas, mas tudo isto fez para manifestação, honra e glória do Poder de Deus, jamais para convencimento das pessoas.

A mensagem de Jesus para fazer o pecador se converter a Deus nunca foi: “Deus enriquece”, “Deus cura”, “Deus batiza com novas línguas” e nem “Deus expulsa demônios”... Jesus anunciou Boas Novas de salvação, ensinando que aqueles que o aceitassem como Senhor em teu coração, e cressem que Deus o ressuscitou dentre os mortos seriam salvos (Romanos 10:9)

Sim, a mensagem dele era a Graça de Deus, um favor imerecido de Deus ao homem“no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Efésios 1:7)

O problema das igrejas da prosperidade, igrejas da cura, igrejas das profecias em línguas estranhas e do exorcismo é que estes feitos não são o simples manifestar do Espírito Santo para demonstração do poder de Deus, hoje em dia aqueles que fazem seu rebanho engordar materialmente, curam doentes desenganados, como oráculo profetizam e expulsam demônios fazem por vaidade e com o objetivo de demonstrar o seu poder.

Muitos lideres buscando poder extrapolam todos os limites, negam ou omitem a Palavra de Deus, sinais como esses tidos como maravilhas em muitas igrejas não significam absolutamente nada, afinal, a feitiçaria também tem feito muitas pessoas prosperarem, os centros espíritas tem curado doentes e  endemoniados aos montes, e místicos assertivamente falam do passado e do futuro das pessoas.

Agora vamos falar um pouco do amor, afinal, Deus é amor (1° João 4:8), nos deu espírito de amor (2° Timóteo 1:7) e espera que amemos ao nosso próximo como nós mesmos (Lucas 10:27), mas um amor não fingido e despretensioso, ou seja, sincero e sem esperar nada em troca, assim como de pais para com os filhos, assim como o de Deus para com o homem (João 3:16).

De nada adianta curar enfermos, expulsar demonios, falar em línguas, profetizar e dar assistência social se não houver amor sincero e despretensioso (1° Coríntios 13:1-3).

E Deus nos tem dado espírito de moderação (2° Timóteo 1:7) e espera que “a vossa moderação seja conhecida de todos os homens” (Filipenses 4:5), e a nossa moderação é demonstrada através do nosso testemunho cristão.

Quando digo testemunho cristão não me refiro a tipo de veste, comprimento do cabelo, não usar maquiagem ou jóias, o bom testemunho a que me refiro é a coerência entre aquilo que está na Bíblia, aquilo que falamos e aquilo que praticamos.

Jesus combateu veementemente os fariseus, pois, eles não eram moderados, eram hipócritas, por fora, se mostravam belos, mas interiormente estavam cheios de ossos de mortos e de toda imundícia (Mateus 23:27), eram capazes de apontar um cisco no olho do seus irmão, mas incapazes de enxergar uma trave diante dos próprios olhos(Lucas 6:42).

Não te precipites em julgar e atirar pedras nos teus irmãos, Jesus não endossou o adultério quando livrou a mulher adultera, mas demonstrou o amor incondicional de Deus ao pecador e mostrou que todos, sem exceção, tem pecados (1° João 1:8) 

Enfim, sejam cristãos moderados, amem verdadeira e despretensiosamente ao próximo, e haja coerência entre o que você fala e o que você pratica, afinal, sem amor a fé não nos serve de nada (1° Coríntios 13:1-3).

Que haja equilíbrio entre o teu falar, o teu agir e o que a Palavra de Deus requer de ti como cristão.

Seja crente com moderação, fé demais não cheira bem... perdoem o trocadilho rsrs.