segunda-feira, 1 de setembro de 2014

CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL

Congregação Cristã no Brasil é o letreiro que os mais belos templos do país ostentam em suas fachadas. Do interior destes templos ecoam belos hinos de louvores e súplicas a Deus. Seus assentos acomodam o povo que reunido EM NOME DO SENHOR JESUS adora o Deus que fez o céu e a terra. De um lado homens com terno e gravata, de outro lado mulheres com véus nas cabeças. Após a exclamação: DEUS SEJA LOUVADO! Segue um impactante AMÉM! Então se Inicia mais um culto onde todos ouvem a voz de Deus.
Ponto de partida. Aos doze de março de 1910, desembarcava em solo brasileiro, vindo dos Estados Unidos, o imigrante italiano, Louis Francescon. Este missionário ensinaria uma parte da nação, falar numa ‘língua estranha' que têm poder e unção.
O crescimento. Explicar o crescimento inicial da CCB é desafio a qualquer teólogo, ou mesmo sociólogo. Como uma igreja que não evangeliza em radio ou televisão cresce tanto? Se apenas o método tradicional foi usado, qual fator levou a CCB ser a maior denominação evangélica do Brasil por décadas? Os membros da CCB têm uma resposta na ponta da língua: “Foi obra do Espírito Santo”. E a meu ver foi mesmo. A glossolalia (línguas estranhas) foi um atrativo para crentes de outras denominações.
Uso e costumes. Os costumes usais da CCB são comuns a toda igreja pentecostal, , já os litúrgicos (cerimônia) são bem característicos contribuindo para sua identidade denominacional. São eles: o uso do véu, assentos separados, ósculo santo, saudação própria, orar só de joelhos entre outros.
A 'igreja do glória'. O modo peculiar dos membros da CCB exaltarem e clamarem a Deus, fazia-se notável a todos que a visitavam, fazendo-os ficar conhecidos como 'os glórias' e conseguinte a Congregação por “igreja do glória”. Esse apelido, dado pelas outras denominações, revela como era dinâmico os cultos e o respeito que desmonstravam pela CCB. 
Momento delicado. Mas nós bem sabemos que a CCB se desviou vertiginosamente de suas origens, e hoje segue um caminho duvidoso. Percebemos infelizmente que a CCB de hoje a cada dia fica mais frágil.
Voltando a primeira caridade. A CCB necessita ser avivada no Espírito Santo. Podemos entender por avivamento como sendo o retorno às origens da igreja primitiva, primando os dons espirituais e o falar em línguas, mas para tanto, precisa reconhecer seu erros, humilhar-se e então suplicar a intervenção divina. “Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade. Lembre-te pois donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras” (Ap.2: 4,5)


Mas Apesar de tudo, chegamos até aqui e somos uma grande família, temos uma estrutura gigantesca e somos modelo em várias áreas; Deus tem sido conosco, seus conselhos não tem faltado, e suas promessas hão de cumprir. Portanto, façamos festa, e celebremos a esperança da Vida Eterna, para a edificação do corpo de Cristo.

CCB UMA RELIGIÃO, SEITA OU HERESIA?? O QUE É RELIGIÃO E QUAL É A DIFERENÇA DE SEITA E HERESIA?


RELIGIÃO: Deriva do termo latino "Re-Ligare", que significa "religação". Essa definição engloba necessariamente qualquer forma de religião, abrangendo seitas e quaisquer outras doutrinas ou formas de pensamento que tenham como característica fundamental um conteúdo Metafísico, ou seja, além do mundo físico.
SEITA: Derivado da palavra latina "Secta", nada mais é do que um segmento minoritário que se diferencia das crenças majoritárias, mas como tal também é religião.
Sendo assim o hábito de algumas igrejas chamarem uma igreja rival de seita, não têm apoio na definição do termo.

Também vemos hoje em dia, muitos ministérios  se referindo a CCB como uma seita herética, mas o que é Heresia?
HERESIA:  Derivado do termo latino “Haíresis”,  traduz –se como uma doutrina que não concorda e se opõe a dogmas religiosos, por exemplo: O Cristianismo  é uma heresia para o Judaísmo, ou mais comum: O Catolicismo é uma heresia para o protestantismo (evangélicos), embora ambos seja Cristãos.
Portanto a tentativa de outras igrejas, de denegrir a imagem da CCB classificando-a, como “seita”, ou  “movimento herético” é totalmente  nula, mediante os esclarecimentos aqui apresentados.
Por: Sihdhis Barros

O VÉU, UMA EXCLUSIVIDADE DA CCB?

Quando se fala em véu logo vem á mente a CCB, que ganhou um apelido nada carinhoso de “Igreja do Véu”, dando a entender que a CCB é a única igreja que faz uso do véu durante os serviços espirituais, e por esse motivo a CCB tem hoje vários “inimigos” na grande massa pentecostal, que acreditam que o véu é um costume Oriental e não uma Doutrina, e por esse motivo a CCB estaria desviando pessoas da “verdade”.
Mas será que o véu é uma exclusividade da CCB? E seu uso é uma doutrina ou apenas um costume oriental?
Nem é necessário um estudo aprofundado para responder essas perguntas. Para surpresa de muitos o uso do véu é mais comum do que se imagina, falarei um pouco nessa matéria sobre igrejas que fazem uso do véu, e pasmem, entre elas está a Assembléia de Deus.
Igreja Católica Romana
O uso do véu foi revogado á pouco mais de quatro décadas pela Igreja Católica. Porem, o uso do véu não é proibido pela igreja, apenas não é obrigatório. Entretanto essa "tradição" milenar ainda existe na Igreja Católica Oriental.
 
O Cânon 1262 §2 do Direito Canônico dizia:
(Cânon = Regra ou doutrina da Igreja Católica)
Os Homens na Igreja, enquanto assistem a missa, devem estar com a cabeça descoberta. As Mulheres, no entanto devem estar com a cabeça coberta e estarem vestidas de forma modesta, especialmente quando se aproximarem da mesa da comunhão”.
Hoje em dia não é mais assim, o Código Canônico de 1917 sofreu mudanças em 1983, onde esse ensinamento foi intencionalmente excluído.
Assembléia de Deus
Quando o assunto é a Assembléia de Deus e véu nos vem certo espanto, porque em nossa mente, um não tem nada haver com a outra. Mas mesmo que os membros da Assembléia aqui do Brasil não saibam, a sua igreja também faz uso do véu durante o culto em algumas de suas igrejas na Itália. Mas o que causa mais espanto é que a Assembléia de Deus aqui no Brasil é uma das igrejas que consideram o véu uma falsa doutrina, estranho né?

Fundamento Bíblico do Véu
A “tradição” do uso do véu tem origem Bíblica, e é claramente explicada pelo Apóstolo Paulo em uma de suas cartas aos Coríntios.  (1°Cor. 11.5-6).
“E toda mulher que ora ou profetiza, não tendo a cabeça coberta, falta com respeito ao seu Senhor, porque é como se estivesse rapada. Se uma mulher não se cobre com o véu, então rape o cabelo. Ora se é vergonhoso para a mulher ter os cabelos cortados ou a cabeça rapada, então que use o véu”.
Portanto, o uso do véu representa a modéstia e a piedade da mulher que o veste, sua humildade e o seu louvor diante do Senhor Deus.

A verdade sobre o Hinário CCB

A Congregação Cristã no Brasil finalmente lançou a 5º edição do seu livro de hinos intitulado “Hinos de Louvores e Súplicas a Deus”.  Como nas outras edições, toda a irmandade, encarregados e o ministério estão se esforçando para se adaptar as mudanças. Mas nem todos conhecem a história do hinário CCB, então vamos mostrar um pouco da história desse livro tão amado por todos da CCB.

Sua 4º Edição foi publicada em 1965, sendo utilizada até março de 2013, quando então foi lançada a 5ª edição do referido hinário, contendo diversas alterações nas letras e nas notas de acompanhamento da melodia
Boa parte do hinário inicial é baseada em traduções de hinos do italiano para o português, haja vista que a referida igreja tem suas raízes oriundas de imigrantes italianos. Assim, os hinos são muitos deles provenientes do hinário italiano intitulado “Nuovo Libro D’Inni e Salmi Spirituali”, que possuía cerca de 300 hinos. Este, por sua vez, foi criado a partir da união de outros dois hinários.


Após este hinário, no ano de 1944 a Congregação Cristã no Brasil organizou o primeiro hinário em português para uso em seus serviços, denominado “Hymnos e Psalmos Espirituaes”. No prefácio deste hinário consta que “Foi o melhor que se adaptava ao desenvolvimento da CCB. A maioria dos hinos foi composta por irmãos de diversas nacionalidades.”

Apesar dos esforços da época, o hinário ainda possuía uma qualidade muito inferior, prevalecendo uma mera tradução literal que não respeitava os padrões gramaticais vigentes da época. As elisões (ato de eliminar ou suprimir) com vogais provocavam muita confusão e a acentuação tônica não se enquadrava com a acentuação métrica musical.
É nesta época que entra a figura da irmã Ana Spina Finotti, sobrinha do irmão Miguel Spina, que nessa década estava aproximadamente com 16 anos. Segundo a irmã Ana, o Irmão Francescon (fundador da obra no Brasil) pediu que não houvesse grandes mudanças por que a irmandade ainda era muito leiga.
Foi então que surgiu a primeira edição de “Hinos de Louvores e Súplicas a Deus”, em 1951, com 330 hinos. Sua principal característica em relação ao hinário antecessor foi a radical mudança das letras, para que fossem respeitadas novas convenções ortográficas e a correta acentuação dos fonemas com a acentuação natural musical.
Sob os mesmos argumentos, em 1965 foi editada uma nova versão de “Hinos de Louvores e Súplicas a Deus”, conhecido como Livro 4, por ser o 4º hinário da Congregação Cristã. Nesta nova edição, foram acrescentados hinos e retirados alguns outros, perfazendo um total de 450 hinos, além de 7 corinhos.
Uma das principais alterações, além de nova reestruturação das poesias, foi a eliminação de arpejos na clave de fá, restando apenas em 2 hinos: 125 (Minha oração) e 420 (Alegria sinto em servir Jesus).
No decorrer dos anos, este hinário sofreu algumas alterações, quais sejam:
  • Por volta de 1975, um hino teve que ter sua melodia alterada, pois era a mesma do Hino Nacional da Alemanha. Existem algumas especulações para o real motivo da mudança, mas a mais aceita é que judeus alemães convertidos para a Congregação Cristã se emocionavam e se entristeciam quando ouviam este hino, certamente por associarem o hino ao genocídio praticado pelos nazistas contra judeus e outras minorias. Outra versão é que moradores judeus da região do Brás, onde fica localizada a sede da igreja, revoltavam-se quando ouviam o hino sendo tocado pela orquestra;
  • Por volta de 1976 foi inserido nos hinários musicais os 12 pontos de doutrina da CCB;
  • No ano de 1980, uma comissão de músicos criou sinalização para arcadas de violinos. Este tipo de informação permitiu a uniformização das arcadas dos instrumentos de cordas da orquestra;
  • No ano de 1985, o hinário musical recebeu sinalização para respirações, sendo que vírgulas maiores representavam respirações de frase (mais longas) e vírgulas menores, respirações de semi-frases (mais curtas). Raros são os hinários de outras denominações evangélicas que possuem esta informação;
  • Em 1990, surgiram os primeiros hinários em espiral; até então eram em brochura, sendo que esta forma de confecção foi sendo extinta com o tempo;
  • Em 1992 surgiu o hinário para organistas, com sinais de dedilhados, inversões, oitavas e outras alterações para facilitar a execução dos hinos com órgão;
  • No ano de 2002, são editadas versões do hinário para instrumentos afinados em Si bemol e Mi bemol.
Os autores das poesias do livro “Hinos de Louvores e Súplicas a Deus” são em sua quase totalidade desconhecidos, uma vez que a Congregação Cristã no Brasil achou por bem preservar seus nomes. Todavia, é um dos hinários mais modernizados entre os existentes, diante da grande quantidade de informações para execução orquestral.