segunda-feira, 1 de setembro de 2014

CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL

Congregação Cristã no Brasil é o letreiro que os mais belos templos do país ostentam em suas fachadas. Do interior destes templos ecoam belos hinos de louvores e súplicas a Deus. Seus assentos acomodam o povo que reunido EM NOME DO SENHOR JESUS adora o Deus que fez o céu e a terra. De um lado homens com terno e gravata, de outro lado mulheres com véus nas cabeças. Após a exclamação: DEUS SEJA LOUVADO! Segue um impactante AMÉM! Então se Inicia mais um culto onde todos ouvem a voz de Deus.
Ponto de partida. Aos doze de março de 1910, desembarcava em solo brasileiro, vindo dos Estados Unidos, o imigrante italiano, Louis Francescon. Este missionário ensinaria uma parte da nação, falar numa ‘língua estranha' que têm poder e unção.
O crescimento. Explicar o crescimento inicial da CCB é desafio a qualquer teólogo, ou mesmo sociólogo. Como uma igreja que não evangeliza em radio ou televisão cresce tanto? Se apenas o método tradicional foi usado, qual fator levou a CCB ser a maior denominação evangélica do Brasil por décadas? Os membros da CCB têm uma resposta na ponta da língua: “Foi obra do Espírito Santo”. E a meu ver foi mesmo. A glossolalia (línguas estranhas) foi um atrativo para crentes de outras denominações.
Uso e costumes. Os costumes usais da CCB são comuns a toda igreja pentecostal, , já os litúrgicos (cerimônia) são bem característicos contribuindo para sua identidade denominacional. São eles: o uso do véu, assentos separados, ósculo santo, saudação própria, orar só de joelhos entre outros.
A 'igreja do glória'. O modo peculiar dos membros da CCB exaltarem e clamarem a Deus, fazia-se notável a todos que a visitavam, fazendo-os ficar conhecidos como 'os glórias' e conseguinte a Congregação por “igreja do glória”. Esse apelido, dado pelas outras denominações, revela como era dinâmico os cultos e o respeito que desmonstravam pela CCB. 
Momento delicado. Mas nós bem sabemos que a CCB se desviou vertiginosamente de suas origens, e hoje segue um caminho duvidoso. Percebemos infelizmente que a CCB de hoje a cada dia fica mais frágil.
Voltando a primeira caridade. A CCB necessita ser avivada no Espírito Santo. Podemos entender por avivamento como sendo o retorno às origens da igreja primitiva, primando os dons espirituais e o falar em línguas, mas para tanto, precisa reconhecer seu erros, humilhar-se e então suplicar a intervenção divina. “Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade. Lembre-te pois donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras” (Ap.2: 4,5)


Mas Apesar de tudo, chegamos até aqui e somos uma grande família, temos uma estrutura gigantesca e somos modelo em várias áreas; Deus tem sido conosco, seus conselhos não tem faltado, e suas promessas hão de cumprir. Portanto, façamos festa, e celebremos a esperança da Vida Eterna, para a edificação do corpo de Cristo.

CCB UMA RELIGIÃO, SEITA OU HERESIA?? O QUE É RELIGIÃO E QUAL É A DIFERENÇA DE SEITA E HERESIA?


RELIGIÃO: Deriva do termo latino "Re-Ligare", que significa "religação". Essa definição engloba necessariamente qualquer forma de religião, abrangendo seitas e quaisquer outras doutrinas ou formas de pensamento que tenham como característica fundamental um conteúdo Metafísico, ou seja, além do mundo físico.
SEITA: Derivado da palavra latina "Secta", nada mais é do que um segmento minoritário que se diferencia das crenças majoritárias, mas como tal também é religião.
Sendo assim o hábito de algumas igrejas chamarem uma igreja rival de seita, não têm apoio na definição do termo.

Também vemos hoje em dia, muitos ministérios  se referindo a CCB como uma seita herética, mas o que é Heresia?
HERESIA:  Derivado do termo latino “Haíresis”,  traduz –se como uma doutrina que não concorda e se opõe a dogmas religiosos, por exemplo: O Cristianismo  é uma heresia para o Judaísmo, ou mais comum: O Catolicismo é uma heresia para o protestantismo (evangélicos), embora ambos seja Cristãos.
Portanto a tentativa de outras igrejas, de denegrir a imagem da CCB classificando-a, como “seita”, ou  “movimento herético” é totalmente  nula, mediante os esclarecimentos aqui apresentados.
Por: Sihdhis Barros

O VÉU, UMA EXCLUSIVIDADE DA CCB?

Quando se fala em véu logo vem á mente a CCB, que ganhou um apelido nada carinhoso de “Igreja do Véu”, dando a entender que a CCB é a única igreja que faz uso do véu durante os serviços espirituais, e por esse motivo a CCB tem hoje vários “inimigos” na grande massa pentecostal, que acreditam que o véu é um costume Oriental e não uma Doutrina, e por esse motivo a CCB estaria desviando pessoas da “verdade”.
Mas será que o véu é uma exclusividade da CCB? E seu uso é uma doutrina ou apenas um costume oriental?
Nem é necessário um estudo aprofundado para responder essas perguntas. Para surpresa de muitos o uso do véu é mais comum do que se imagina, falarei um pouco nessa matéria sobre igrejas que fazem uso do véu, e pasmem, entre elas está a Assembléia de Deus.
Igreja Católica Romana
O uso do véu foi revogado á pouco mais de quatro décadas pela Igreja Católica. Porem, o uso do véu não é proibido pela igreja, apenas não é obrigatório. Entretanto essa "tradição" milenar ainda existe na Igreja Católica Oriental.
 
O Cânon 1262 §2 do Direito Canônico dizia:
(Cânon = Regra ou doutrina da Igreja Católica)
Os Homens na Igreja, enquanto assistem a missa, devem estar com a cabeça descoberta. As Mulheres, no entanto devem estar com a cabeça coberta e estarem vestidas de forma modesta, especialmente quando se aproximarem da mesa da comunhão”.
Hoje em dia não é mais assim, o Código Canônico de 1917 sofreu mudanças em 1983, onde esse ensinamento foi intencionalmente excluído.
Assembléia de Deus
Quando o assunto é a Assembléia de Deus e véu nos vem certo espanto, porque em nossa mente, um não tem nada haver com a outra. Mas mesmo que os membros da Assembléia aqui do Brasil não saibam, a sua igreja também faz uso do véu durante o culto em algumas de suas igrejas na Itália. Mas o que causa mais espanto é que a Assembléia de Deus aqui no Brasil é uma das igrejas que consideram o véu uma falsa doutrina, estranho né?

Fundamento Bíblico do Véu
A “tradição” do uso do véu tem origem Bíblica, e é claramente explicada pelo Apóstolo Paulo em uma de suas cartas aos Coríntios.  (1°Cor. 11.5-6).
“E toda mulher que ora ou profetiza, não tendo a cabeça coberta, falta com respeito ao seu Senhor, porque é como se estivesse rapada. Se uma mulher não se cobre com o véu, então rape o cabelo. Ora se é vergonhoso para a mulher ter os cabelos cortados ou a cabeça rapada, então que use o véu”.
Portanto, o uso do véu representa a modéstia e a piedade da mulher que o veste, sua humildade e o seu louvor diante do Senhor Deus.

A verdade sobre o Hinário CCB

A Congregação Cristã no Brasil finalmente lançou a 5º edição do seu livro de hinos intitulado “Hinos de Louvores e Súplicas a Deus”.  Como nas outras edições, toda a irmandade, encarregados e o ministério estão se esforçando para se adaptar as mudanças. Mas nem todos conhecem a história do hinário CCB, então vamos mostrar um pouco da história desse livro tão amado por todos da CCB.

Sua 4º Edição foi publicada em 1965, sendo utilizada até março de 2013, quando então foi lançada a 5ª edição do referido hinário, contendo diversas alterações nas letras e nas notas de acompanhamento da melodia
Boa parte do hinário inicial é baseada em traduções de hinos do italiano para o português, haja vista que a referida igreja tem suas raízes oriundas de imigrantes italianos. Assim, os hinos são muitos deles provenientes do hinário italiano intitulado “Nuovo Libro D’Inni e Salmi Spirituali”, que possuía cerca de 300 hinos. Este, por sua vez, foi criado a partir da união de outros dois hinários.


Após este hinário, no ano de 1944 a Congregação Cristã no Brasil organizou o primeiro hinário em português para uso em seus serviços, denominado “Hymnos e Psalmos Espirituaes”. No prefácio deste hinário consta que “Foi o melhor que se adaptava ao desenvolvimento da CCB. A maioria dos hinos foi composta por irmãos de diversas nacionalidades.”

Apesar dos esforços da época, o hinário ainda possuía uma qualidade muito inferior, prevalecendo uma mera tradução literal que não respeitava os padrões gramaticais vigentes da época. As elisões (ato de eliminar ou suprimir) com vogais provocavam muita confusão e a acentuação tônica não se enquadrava com a acentuação métrica musical.
É nesta época que entra a figura da irmã Ana Spina Finotti, sobrinha do irmão Miguel Spina, que nessa década estava aproximadamente com 16 anos. Segundo a irmã Ana, o Irmão Francescon (fundador da obra no Brasil) pediu que não houvesse grandes mudanças por que a irmandade ainda era muito leiga.
Foi então que surgiu a primeira edição de “Hinos de Louvores e Súplicas a Deus”, em 1951, com 330 hinos. Sua principal característica em relação ao hinário antecessor foi a radical mudança das letras, para que fossem respeitadas novas convenções ortográficas e a correta acentuação dos fonemas com a acentuação natural musical.
Sob os mesmos argumentos, em 1965 foi editada uma nova versão de “Hinos de Louvores e Súplicas a Deus”, conhecido como Livro 4, por ser o 4º hinário da Congregação Cristã. Nesta nova edição, foram acrescentados hinos e retirados alguns outros, perfazendo um total de 450 hinos, além de 7 corinhos.
Uma das principais alterações, além de nova reestruturação das poesias, foi a eliminação de arpejos na clave de fá, restando apenas em 2 hinos: 125 (Minha oração) e 420 (Alegria sinto em servir Jesus).
No decorrer dos anos, este hinário sofreu algumas alterações, quais sejam:
  • Por volta de 1975, um hino teve que ter sua melodia alterada, pois era a mesma do Hino Nacional da Alemanha. Existem algumas especulações para o real motivo da mudança, mas a mais aceita é que judeus alemães convertidos para a Congregação Cristã se emocionavam e se entristeciam quando ouviam este hino, certamente por associarem o hino ao genocídio praticado pelos nazistas contra judeus e outras minorias. Outra versão é que moradores judeus da região do Brás, onde fica localizada a sede da igreja, revoltavam-se quando ouviam o hino sendo tocado pela orquestra;
  • Por volta de 1976 foi inserido nos hinários musicais os 12 pontos de doutrina da CCB;
  • No ano de 1980, uma comissão de músicos criou sinalização para arcadas de violinos. Este tipo de informação permitiu a uniformização das arcadas dos instrumentos de cordas da orquestra;
  • No ano de 1985, o hinário musical recebeu sinalização para respirações, sendo que vírgulas maiores representavam respirações de frase (mais longas) e vírgulas menores, respirações de semi-frases (mais curtas). Raros são os hinários de outras denominações evangélicas que possuem esta informação;
  • Em 1990, surgiram os primeiros hinários em espiral; até então eram em brochura, sendo que esta forma de confecção foi sendo extinta com o tempo;
  • Em 1992 surgiu o hinário para organistas, com sinais de dedilhados, inversões, oitavas e outras alterações para facilitar a execução dos hinos com órgão;
  • No ano de 2002, são editadas versões do hinário para instrumentos afinados em Si bemol e Mi bemol.
Os autores das poesias do livro “Hinos de Louvores e Súplicas a Deus” são em sua quase totalidade desconhecidos, uma vez que a Congregação Cristã no Brasil achou por bem preservar seus nomes. Todavia, é um dos hinários mais modernizados entre os existentes, diante da grande quantidade de informações para execução orquestral.

quarta-feira, 5 de março de 2014


TESTEMUNHO - LIBERTAÇÃO DE ESPÍRITO DE ENFERMIDADE (IR.ISDAEL)

Louvado seja Deus.  No dia 03/09/2011 teve batismo em minha comum, foi uma festa de salvação, 28 almas abraçaram o evangelho, sendo 10 mulheres e 18 homens.
Quem atendeu o serviço de batismo foi o ir. Isdael e no púlpito ficou o ir. Carlos (Bamba) ambos de Promissão/SP. O Ir. Isdael contou uma obra muito linda sobre ídolos e com libertação demoníaca de enfermidade, foi estrondosa.
Ele nos relatou que estando em seu consultório dentário uma irmã por nome de Matilde ligou e ao atender ela pediu oração por uma jovem de Bauru/SP  que não era batizada mas congregava constantemente, pois os pais é nossos irmãos e ela estava internada na UTI com uma dor insuportável nas costas que nem morfina tirava tal dor, e os médicos estavam desesperados pois não conseguia achar o que ela tinha,  fizeram exames e mais exames e nada, e cada dia que passava mais perto da morte a moça estava.

Ele disse que oraria e Deus ia fazer o que tinha que fazer.

Mas a irmã Matilde continuou relatando que ela foi até a casa da moça e ao entrar no quarto delase deparou com as paredes cheias do alto abaixo de  fotos de “ídolos” , não imagens de “santos, mas cantores e artistas cheios de tatuagens, amantes da promiscuidade, da bebedices e drogas, e a irmã Matilde sentiu uma aflição e tribulação muito grande naquele ambiente.
Nesse momento o ir. Isdael respondeu dizendo pra ficar na comunhão pois aquilo chamava demônios, e por isso a enfermidade. Deus preparou dele congregar em Bauru no culto de adultos e na hora da PALAVRA o Senhor revelou a parte onde Saul ficava atormentado por um espirito contrario, por causa de desobediência, Deus permitiu que aquele demônio o atormentasse.
E Davi qdo tacava a harpa o demônio saia..., e num dado momento da pregação Deus tomando o Ir Isdael profetizou:
O ESPIRITO CONTRARIO QUE ESTA NAQUELA MOÇA LÁ NA UTI DO HOSPITAL, O SENHOR TE ORDENA  AGORA SAI DELA E HAJA LIBERTAÇÃO NAQUELE LUGAR!
Terminou o culto o ir. Isdael foi pra casa de sua irmã e estando lá,o telefone tocou, uma irmã querendo falar com ele, mas ele não quis atender, apenas pediu pra deixar recado, a irma do outro lado disse que era para o ir.Isdael agradecer a Deus pois ao chegarem no hospital após o culto, a moça estava de pé liberta por completa, chorando e dando glória a Deus.

Passaram-se os dias a moça foi congregar na comum do ir. Isdael juntamente com seus pais e agradeceu a Deus pela libertação e confessou sua fraqueza para com os ídolos, mas o Senhor a havia libertado e adoraria somente a Deus.
ALELUIAAAAAAAAAAAAA. ESSE É O DEUS QUE SERVIMOS E ADORAMOS.

COMO ENTENDER ROMANOS CAP. 9:

ROMANOS CAP. 9

Para se entender Romanos Cap 9 temos fazer algumas considerações, pois a perspectiva do ensino de Paulo neste capitulo não é Deus limitando o escopo da eleição a uns poucos escolhidos, e aqueles que não foram escolhidos não poderia reclamar se Deus em sua soberania os despreza. Não é esse o intento de Paulo ao escrever a igreja cristã em Roma, constituída de judeus e gentios.

 Anteriormente em sua carta Paulo aborda a questão de qual vantagem há para a identidade judaica se alguém deixa de cumprir as exigências da lei (2.17-3.21). Ele diz que embora ser judeu traz grandes vantagens por ser os receptores dos oráculos revelatórios de Deus, todavia ser judeu não dá nenhum direito automático à salvação. Ao invés disso, Paulo faz a radical e chocante afirmação que “não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é meramente exterior e física. Não! Judeu é quem o é interiormente, e circuncisão é a operada no coração, pelo Espírito, e não pela lei escrita” (2.28-29).

Paulo defendia que “ninguém será declarado justo diante dele baseando-se na obediência à lei” (3.20); antes, “sustentamos que o homem é justificado pela fé, independente da obediência à lei” (3.28). Isto inclui tanto gentios quanto judeus. “Deus é Deus apenas dos judeus? Ele não é também o Deus dos gentios? Sim, dos gentios também, visto que existe um só Deus” (3.29-30).

Você consegue perceber o que isso significava aos judeus contemporâneos de Paulo? “Cães” gentios que têm fé em Cristo podem de fato ser mais judeus do que os judeus étnicos e entrar no Reino enquanto o povo escolhido de Deus é deixado de fora! Isto seria impensável e escandaloso!

Paulo prossegue para apoiar sua opinião apelando ao exemplo de ninguém menos que Abraão, o pai da nação judaica. Abraão, Paulo explica, foi declarado justo por Deus antes de receber a circuncisão. “Portanto,” diz Paulo, “ele é o pai de todos os que crêem, sem terem sido circuncidados [isto é, os gentios], a fim de que a justiça fosse creditada também a eles; e é igualmente o pai dos circuncisos que não somente são circuncisos [observe a qualificação!], mas também andam nos passos da fé que teve nosso pai Abraão antes de passar pela circuncisão” (4.11-12).

Este é um ensino explosivo. Paulo começa o capítulo 9 expressando sua profunda dor porque os judeus étnicos estavam deixando de alcançar a salvação de Deus ao rejeitar o Messias [= Cristo]. Mas ele diz que não é como se a palavra de Deus tenha falhado. Antes, como vimos, “nem todos os de Israel são, de fato, israelitas; nem por serem descendentes de Abraão são todos seus filhos” (9.6-7). Ser etnicamente judeu não é suficiente; antes, deve-se ser filho da promessa – e isso, como vimos, pode incluir gentios e excluir judeus.

A problemática, então, com a qual Paulo está lutando é como o povo eleito de Deus, os judeus, pôde deixar de obter a promessa de salvação enquanto os gentios, que eram considerados pelos judeus como impuros e abomináveis, puderam, ao invés, encontrar salvação. A resposta de Paulo é que Deus é soberano. Ele pode salvar quem ele quiser, e ninguém pode objetá-lo. Ele tem liberdade para ter misericórdia de quem quer, até mesmo dos execráveis gentios, e ninguém pode reclamar de que Deus está sendo injusto.

Então – este é o ponto crucial – quem é que Deus escolheu salvar? A resposta é: aqueles que têm fé em Cristo Jesus. Como Paulo escreve em Gálatas (que é uma espécie de Romanos abreviado), “Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão” (Gl 3.7). Judeu ou gentio, isto não importa. Deus soberanamente escolheu salvar todos aqueles que confiam em Cristo Jesus para salvação.

É por isso que Paulo pode continuar em Romanos 10 e dizer, “Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (10.12-13). A teologia reformada não consegue fazer nenhum sentido deste maravilhoso e universal chamado à salvação. Quem quiser pode vir.

A tarefa de Paulo, então, em Romanos 9 não é limitar o escopo da eleição de Deus mas ampliá-la. Ele quer incluir todos que têm fé em Cristo Jesus apesar de sua classificação étnica. A eleição, então, é antes de tudo uma ideia corporativa: Deus escolheu um povo para si mesmo, uma entidade corporativa, e cabe a nós por nossa resposta de fé se ou não escolhemos ser membros desse grupo corporativo destinado à salvação.

Dentro deste contexto, chegamos a conclusão que os exemplos citados por Paulo em Romanos 9, estão sendo interpretados fora do contexto, o que leva ao fatalismo, e tira todo o significado da graça de Deus.

“Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas; nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência”. (Romanos 9:6-7)
Sabemos que Abraão não podia gerar filhos por ser Sara sua mulher (esposa) estério, no qual Deus lhe fez uma promessa PELA FÉ, que nele seria bendita todas as nações da terra através da sua descendência, isto é; Cristo Jesus. – MAS isto PELA FÉ.
Ismael também é filho de Abraão, mas este foi gerado de Agar, que era ESCRAVA, pois Abraão “quis ajudar Deus” a cumprir a sua promessa, o que por alegoria entendemos que por meio de obras (justiça própria) Ismael foi gerado, e por obras ninguém será justificado diante de Deus, Agar representa a Lei do monte Sinai e todos os que estão debaixo da Lei é gerado da escrava. (conf. Gal. 3 e 4:22-31) - E ninguém será justificado pelas obras da lei, mas o justo viverá da fé.
Por isso Paulo dizia que nem todos os que são de Israel são israelitas, nem por serem descendência de Abraão são todos filhos, MAS O QUE SERIA GERADO PELA FÉ EM DEUS, no caso Isaque, cuja linhagem saiu o SALVADOR do mundo, JESUS CRISTO.
Tanto que Abraão foi repreendido por tentar “ajudar” Deus (Gên 17:1), pois o Senhor já havia determinado, elegido que os que fossem da fé, da qual nasceu Isaque, seriam a povo de Deus, o verdadeiro Israel, e não os de etnia, os gerado pela vontade da carne, pelas obras, mas os da FÉ.
Portanto depois disso tudo Abraão foi posto a prova (Gên 22) para que fosse o pai da fé, isto é; dos que fossem gerado pela fé, que somos nós os que cremos. Deste modo, a promessa de Deus não havia falhado como pensavam os judeus que confiavam serem povo de Deus confiando em sua etnia.

O que temos que entender é que Paulo distinguiu dois tipos de Israel e dois tipos de escolha. Deus escolheu o Israel físico e histórico, ao escolher Abraão e seus descendentes (a “eleição” mencionado no versículo 11). Deus escolheu a nação histórica de Israel pela qual Ele cumpriu muitos dos propósitos, incluindo o estabelecimento das Escrituras (v.4 e 3:2) e a linhagem do MESSIAS (v.5). Mas nem todo o Israel eleito e étnico constitui o Israel eleito e espiritual (salvo)(v.8), o qual foi explicado anteriormente.
Paulo distinguiu dois tipos de eleição: 1º) a eleição da nação de Israel para realizar certas tarefas (o mesmo motivo pelo qual Deus escolheu indivíduos – os patriarcas e Faraó (v.17), e;
2º) a eleição para a salvação. Para pertencer a este ultimo grupo (isto é; alcançar justiça) é necessário CRER em Cristo (vv. 30-33; relembrando o que constitui o VERDADEIRO judeu em 2:28,29)

“E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque, nosso pai; porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), Foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor. Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú”. (Romanos 9:10-13)
Aqui Paulo apenas está complementando o assunto anterior, isto é; dar seqüência no ensino da eleição da parte de Deus, eleição esta que é pela FÉ para o verdadeiro Israel, são os que são gerados pela fé (os que crêem). E como havia gêmeos no ventre de Rebeca, Deus optou em escolher Jacó que era o menor, para dele sair tanto a linhagem física e histórica, como também a linhagem eleita e espiritual. Neste sentido Esaú foi rejeitado, pois a palavra traduzida por “odiar” (v.13) não deve ser interpretada como na nossa cultura.
A escolha de Jacó, e não de Esaú, reflete a escolha de Deus para que a nação de Israel viesse dos descendentes de Jacó (Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e as alianças, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne), e não de Esaú. Ao dizer que Deus “aborreceu” Esaú, Paulo não sugere que Deus o havia excluído da salvação.
Tanto que Deus, dando continuidade no Seu propósito, vemos que o Senhor escolheu para a linhagem do Messias a tribo de Judá, dentre os 12 filhos de Jacó (não a mais nobre, em personagem). Em lugar dos descendentes de José (um verdadeiro crente); neste sentido Deus “aborreceu” José, mas “amou” Judá.

Neste contexto Deus executa o seu plano redentor e graciosos da maneira como desejar. Os judeus étnicos (e nós) não podiam/pode exigir nada de Deus, pois todos somos dignos de condenação, mas Deus demonstra o seu amor de tal maneira que nos deu uma oportunidade de nos remir, mas isto somente pela fé em Cristo.
Assim, em nível nacional o Senhor decidiu de modo soberano, elegeu Israel para ser “Seu povo”, pois dentre as nações da terra, precisava-se de uma para trazer Aquele que havia de remir os pecadores, e Israel foi o privilegiado (incluindo os patriarcas). Ainda assim, os filhos físicos de Abraão não podem afirmar que são AUTOMÁTICAMENTE “eleitos” para a salvação, e que são, por conseguintes “justos” independentes da fé genuína em Cristo (VV.31,32). Mas a eleição graciosa do Senhor também opera salvação; Deus decidiu salvar os que crêem e confiam no seu Filho.
Assim, Paulo falando aos judeus étnicos, mostra que Senhor terá misericórdia de quem Ele desejar ter misericórdia, e nenhuma declaração, nem mesmo de descendência JUDIA, anulará o que o Oleiro divino decidiu fazer, pois isto não dependia de quem queria, o de quem corre, mas de Deus que se compadece, isto é; uma expressão que diz estar Deus sobre o controle de tudo, é Ele que quis salvar a todos pela féem Cristo Jesus.

Lembrando que para os judeus étnicos, os gentios (nós) somos pecadores, cães indignos de salvação, foi onde Paulo mostra que todos de igual modo são pecadores:
     “Pois quê? Somos nós [JUDEUS] mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado; Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer?”. (Romanos 3:9-10)
E somente pela fé em Cristo é que possamos estar em condição de justificação, de justo diante de Deus.

Nos versículos 17, 18; Paulo mostra que Deus usou de Faraó para continuar o Seu propósito, que era mostrar o Seu poder sobre os outros “deuses” (idolatria), e se fazer conhecido entre as nações como o Deus verdadeiro; através da libertação de Israel. isto não quer dizer que Deus excluiu arbitrariamente Faraó da salvação.
Embora Deus tinha dito a Moises que endureceria o coração de Faraó (Ex 4.21; 7.3); o relato de Êxodo ressalta o fato de que Faraó foi responsável por endurecer seu próprio coração ( Ex 7.13,22; 8.15,19,32; 9.7; cf. 9.34).
Além disso, longe de endurecer o coração de Faraó de modo direto ou determinista. Deus o presenteou com grandes oportunidades de se arrepender ou de continuar em rebelião. Todas as vezes que Deus tinha misericórdia de Faraó e retirava uma praga do Egito, Faraó respondia com desobediência obstinada. Assim, a misericórdia de Deus era OCASIÃO para o ENDURECIMENTO do coração de Faraó.
O judeu Flávio Josefo (37-100 dC), que foi um historiador e apologista judaico-romano, descendente de uma linhagem de importantes sacerdotes e reis, que registrou in loco a destruição de Jerusalém, em 70 d.C., pelas tropas do imperadorromano Vespasiano, comandadas por seu filho Tito, futuro imperador; através de suas obras fornecem um importante panorama do judaísmo no século I, em sua obra “Antiguidades judaicas” ele deixou registrado a interpretação judaica acerca da passagem sobre Faraó, que confirma de como evidencia externa o que relatei acima:
“Voltou então a falar ao príncipe, para pedir que os hebreus fossem ao monte Sinai oferecer um sacrifício a Deus, como Ele o havia ordenado. Disse que Faraó não se devia opor à vontade à do céu, mas que, enquanto Deus lhe era ainda favorável, o seu interesse o obrigava a conceder aquele povo em liberdade que lhe pedia. Se ele recusasse, só poderia depois acusar a si mesmo de ser a causa da sua própria desgraça, pois atrairia sobre si, por sua desobediência, toda sorte de castigo; ver-se-ia sem filhos, o ar, a terra e todos os outros elementos ser-lhe-iam contrários e tornar-se-iam ministros da vingança divina; e, por fim, os hebreus não deixariam de sair do seu reino, ainda que ele não o quisesse consentir, e os egípcios não evitariam o castigo de sua obstinação.” - (História dos Hebreus, pág. 147). Em toda narração mostra Faraó resistindo voluntariamente e nunca por ter seu coração endurecido determinadamente por Deus.

Finalmente, ao lidar com essa questão, o apóstolo Paulo começa com pressuposto de que Deus julga todos os homens de maneira justa (Rm 3.5,8). Ele enfatiza o fato de que pessoas como Faraó estão “preparados para a perdição” (Rm 9.22) Porque no fim, é isso que eles farão. Todas as vezes que Deus concede uma oportunidade para se arrependerem, elas endurecem o coração em desobediência e descrença, como Faraó.
Qdo Deus endureceu o coração de Faraó, isso não aconteceu porque Deus tinha determinado que assim fosse antes do seu nascimento, mas somente por causa da posição intransigente e malvada que Faraó assumiu. A bíblia sempre testifica que existe um “tarde demais, ou um BASTA”, mas nunca ensina que existe uma predestinação para o inferno. Ao mandar decapitar João Batista, Herodes foi além dos limites, de maneira que Jesus não lhe respondeu mais (Lc 23.9). Para ele era tarde demais. “Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer” (v.18). Assim sendo o mesmo SOL (Deus) que amolece a cera (coração que aceita) é o mesmo que endurece o barro (coração de rejeita). O responsável diretamente do endurecimento coração é Faraó.
           
Lembre-SE  Paulo está exortando os Judeus étnicos ou judeus cristãos que não havia compreendido as promessas de Deus sobre o Seu povo, e assim nos versículos: “Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem tem resistido à sua vontade?” (v19)
Paulo. Levantou a hipótese que mesmo depois de toda essa explicação a respeito dos mistérios de Deus até então ocultos, mas revelados pelo Espírito Santo, os judeus ainda não concordassem e se achasse no direito de serem legitimados e salvos unicamente por serem judeus por nacionalidade, não concordando com a entrada dos gentios no VERDADEIRO Israel,  Paulo mostra que Senhor terá misericórdia de quem Ele desejar ter misericórdia, e nenhuma declaração, nem mesmo de descendência hebraíca, anulará o que o Oleiro divino decidiu fazer, pois isto não dependia de quem quer, o de quem corre, mas de Deus que se compadece.
Quando Paulo fala do direito do oleiro de fazer o barro do jeito que quiser, responde duas questões da problemática judaica: a primeira é que o criador da nação de Israel fez este povo permitindo que alguns pudessem quebrar o pacto divino; isso pode ser explicado pela Lei do livre-arbítrio (Rm 10.21; At 7.51; Mt 23.37). Segundo, Deus tem o direito de usar quem Ele quiser ou deixar de usar, sem dar explicações a ninguém. Usou Israel do mesmo modo que usou faraó para um propósito. Para obra a eleição é incondicional, para salvação a coisa muda, a condição é abraçar a Cristo.
Na questão dos vasos, é evidenciado pelo VT que o texto que Paulo usa fala sobre a promessa divina para o povo judeu (coletividade), que assim que o objeto de barro recebe a forma conferida pelo oleiro, assim também Deus iria moldar uma situação política de salvação através da Pérsia (Is 45.9-16). Perceba outras referencias acerca do assunto:

“Os preciosos filhos de Sião, comparáveis a ouro puro, como são agora reputados por vasos de barro, obra das mãos de oleiro!” (Lm 4.2).
 “Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel” (Jr 18.6).

Elas também se referem ao povo israelita (nação), e não particularmente a indivíduos. Isso indica a eleição para obra.


Deus o Soberano e Perfeito em Seus caminhos, seja dada honra, glória para sempre. Amém!

“Eu não sei quanto a você, mas meu coração não pode se alegrar com aquilo que minha mente rejeita. Meu coração e minha mente foram criados para trabalharem juntos, em harmonia. Jamais alguém foi obrigado a cometer suicídio intelectual por acreditar em Cristo como