sexta-feira, 25 de outubro de 2013

TESTEMUNHO (IR SAMUEL) - INFECÇÃO NO OUVIDO.


Quando a minha esposa era criança, ela teve uma infecção no ouvido. A mãe dela, que na época servia a Deus em outra igreja e hoje serve a Deus na CCB, levou-a ao médico.

O médico introduziu uma ferramenta em ambos os ouvidos da minha esposa, e começou a tirar pedaços de, segundo ela, carne. Saiu muito sangue, infeccionou.

Minha esposa passou anos tentando conseguir uma cirurgia pelo SUS para resolver ao menos a questão da infecção, mas, como o SUS é o SUS, nunca deu certo.

Passaram-se uns 12 anos e nós nos conhecemos. Ela, com muita timidez, me disse que tinha os dois tímpanos furados, que não ouvia muito bem e que, quando ela molhava os pés, saía pus dos ouvidos, fazendo-os cheirarem mal. Ela me perguntou se não tinha problema, ou seja, se eu, mesmo sabendo disso, continuaria a querer namorá-la. Como eu a amava, disse que aquilo não nos impediria de casar e que, futuramente, procuraria um médico para tentar resolver o problema.

Após ficarmos noivos, fomos com ela a um otorrinolaringologista, que me disse que, para ela ficar boa, era necessário fazer duas cirurgias em cada ouvido: uma para retirar a infecção e outra para reconstituir o tímpano.



Nós nos casamos e tivemos uma fase de dificuldade financeira, que nos impediu de ter acesso a bons médicos. Bastava a minha esposa molhar os pés para que os ouvidos infeccionassem e começasse a sair pus. Para evitar o mau cheiro, minha esposa colocava algodão nos ouvidos, o que, somado aos furos dos tímpanos, fazia com que ela tivesse uma dificuldade tremenda para ouvir o que as pessoas falavam.

À noite, antes de dormir, minha esposa usava o cotonete para limpar os ouvidos, e o cotonete saía sujo, todos os dias. Às vezes eram necessários vários cotonetes. Após limpar os ouvidos, minha esposa punha algodão de novo.

Assim passaram-se alguns anos até que, um dia, um irmão chegou em casa e disse: “irmãos e irmãs, eu estou sentindo da parte de Deus de fazer uma coisa e eu espero que vocês não se choquem”; “Se vocês quiserem, nós vamos orar e eu vou pôr as mãos nos ouvidos da irmã Beatriz e Deus vai tirar a infecção do ouvido dela”.

Eu confesso que o meu primeiro impulso foi dizer àquele irmão que ele parasse de inventar moda, mas me veio um pensamento à mente: “vamos fazer o que ele está dizendo”; “Pôr as mãos no ouvido da Bia não pode fazer mal”; “Se não acontecer nada, nós vamos ao médico e resolvemos isso conforme a ciência, mas, se for obra de Deus, o tempo dirá”.

Participamos, então, daquele ritual que me parecia estranho e místico, e esquecemos o assunto.



Passou mais ou menos um mês, e minha esposa pegou um cotonete para fazer o costumeiro ritual de limpar os ouvidos. Introduziu o cotonete no ouvido direito, esfregou as paredes do ouvido e, quando tirou o cotonete... surpresa! O cotonete estava limpinho!

Minha esposa ficou intrigada, e introduziu novamente o cotonete no ouvido. Mexeu, mexeu, mexeu e, quando o tirou para fora, o cotonete continuava limpo como novo! Assim foi com os dois ouvidos.

Já se passaram uns cinco anos desde que isso aconteceu, e, de lá para cá, nunca mais o ouvido da minha esposa infeccionou.





Deus vos abençoe!

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